A felicidade é um dos sentimentos mais difíceis de descrever na sua totalidade. A meu ver, é praticamente impossível traduzi-la em palavras, pois ela não é meramente descritiva. Ela é essencialmente algo vivencial. Ela habita em cada um de nós. De certo, ela pode chegar de fora. Não é incomum a presença da felicidade por circunstâncias externas. Todos nós, uns mais outros menos, já fomos presenteados com uma felicidade ofertada por alguém ou por algo. No entanto, a felicidade mais revolucionária é aquela que conquistamos. Essa é mais permanente, pois, ao conquistá-la, nós nos modificamos. E, ao nos modificar, nós evoluímos e crescemos. Esse processo leva-nos a entender que a felicidade não é um item supérfluo a ser comprado numa prateleira. Não podemos comprá-la! Nessa vida, que nos açoita (e como açoita!), precisamos compreender o nosso protagonismo. Ciente das nossas agruras da vida, que já vieram ou que ainda hão de vir, deveremos escolher entre a inércia, a esquiva, o medo, o ressentimento e o desejo de desistir ou entre a luta por querer mais numa tentativa de batalhar por aquilo que realmente importa, ou seja, a felicidade. Nessa foto, em que eu estou sorridente, depois de lutar bravamente, após uma longa jornada de sacrifício, abdicação e abnegação, percebo-me feliz. E a felicidade não é pela vitória por mais que seja ótimo vencer. A felicidade se materializa por que eu estou aí, por que eu quis está aí e por que, se Deus me permitir, eu continuarei estando aí.
É preciso lutar pela felicidade…
Régis Barros