É inevitável que todos nós escorregaremos, pois a estrada da vida é escorregadia. O derrapar é quase certo. Claro que, a cada derrapada, poderemos resilientemente nos reerguer. A vida é assim. A cada tropeço, poderemos levantar a cabeça, aprendendo com a ferida da queda, para seguir em frente com mais força. Freud postulou isso ao dizer que “das nossas vulnerabilidades, virá a nossa força”. Portanto, diante do revés, cabe-nos entender que seguiremos e que, logo ali na frente, estaremos bem e mais fortes para continuar a jornada. As cicatrizes são marcas das batalhas e são prova material de que ultrapassar as dificuldades não foi uma tarefa simples. No entanto, ao seguir e não se render a dor da situação, provamos, sobretudo para nós mesmos, o quanto corajosos e fortes nós fomos e nós somos. Desistir não é um verbo que devemos conjugar na vida em hipótese alguma. Ele é sorrateiro e, sem notar, poderá nos conduzir a abismos complicados de escalar. Então, para concluir, ressalto que as “marés” ruins passarão. Elas não são eternas. O mar revolto recuará. A praia voltará a ter faixas de areias brancas e bonitas. O sol brilhando nos conduzirá para frente e estaremos mais fortes nesse avançar.
Régis Barros